terça-feira, 5 de abril de 2011

Marcelo Camelo - Toque dela




Tão bom quanto o primeiro disco ,Marcelo camelo traz em seu segundo álbum da carreira solo , toda aquela poesia ja apreciada em seu primeiro disco "Sou" ,mais agora com um pouco mais de experimentos ,o disco é grande graças ao seu conteúdo imenso de varios tipos de instrumentos,um disco muito agradável de se ouvir .
O disco conta com participações de Mallu Magalhães, Marcelo Jeneci e da banda Hurtmold,seu primeiro single "Ô ô" ,ja corre na web ja a algum tempo ,com otima elogios da critica especializada e dos milhares de fãs .

Toque Dela
01. A Noite
02. Ô ô
03. Tudo Que Voce Quiser
04. Acostumar
05. Tres Dias
06. Pra Te Acalmar
07. Vermelho
08. Pretinha
09. Despedida
10. Meu Amor E Teu







domingo, 3 de abril de 2011

Meia Noite em Paris


O novo filme de Woody Allen é totalmente sobre sua nova cidade de paixão: Paris. O enredo é sobre uma família que viaja à capital francesa a negócios, e é centrado no casal formado por Rachel McAdams e Owen Wilson (que é o alter ego da vez do diretor). Durante a história, outras musas francesas também aparecem – incluindo Marion Cotillard e a famosa participação da atual primeira-dama do país, Carla Bruni (particularmente eu amo ela ,mas isso não vem ao caso).
Mas uma vez escrito e dirigido por Woody Allen ,o filme traz um grande elenco que também conta com " Marion Cotillard" que ganhou o oscar interpretando Edith Piaf em "Piaf,Um hino ao Amor" e Tambem "Adrien Brody" que tambem levou a estatueta em "o pianista",ou seja,um grande elenco .


segunda-feira, 14 de março de 2011

"Manhattan"


Todo mundo deveria rever Manhattan de tempos em tempos.


Para mim, o que torna Manhattan mais especial dentro da obra especial de Allen é o conjunto dos seguintes fatores: a fotografia em preto-e-branco de Gordon Willis; o uso sábio, safo, brilhante, da música de George Gershwin; a declaração de amor à cidade do autor, uma das mais belas que o cinema já fez; a trama gostosa, simples, que sabe fazer uma balanceada mistura de humor e melancolia; e, claro, ao elenco competente, afiado, maravilhoso.
Isaac Davis, o Woody Allen de Manhattan, está com 42 anos , teve dois casamentos fracassados, o segundo dos quais terminou quando sua mulher o trocou por outra mulher. Quando a ação começa, está namorando uma garotinha de 17 anos estonteantemente linda, que quer ser atriz de teatro, Tracey (o papel de Mariel Hemingway). Seu maior amigo, Yale (Michael Murphy), crítico e professor de literatura, está casado há vários anos com a doce Emily (Anne Byrne), mas está tendo um caso com uma bela jornalista, mulher cheia de opiniões a respeito de tudo e todos, Mary (o papel de Diane Keaton). Isaac vai primeiro detestar Mary para depois se apaixonar por ela ,tipo aquela velha historia do eu ti odiei mas hoje eu ti amo .





A fotografia merece um comentário à parte: feita novamente por Gordon Willis (com quem Woody fez vários filmes), ela se destaca quando é totalmente escura, deixando a tela preta, e ouvindo-se apenas a voz dos atores. Outro detalhe é a quase ausência de trilha sonora, que aparece com um pouco mais de freqüência da metade para o final do filme.
Os enquadramentos são sensacionais, e o uso de câmera fixa em grande parte do longa (principalmente no início e fim) não deixa o filme perder a qualidade. Muitas vezes, os personagens aparecem conversando fora do enquadramento, ou muito próximos ao canto da tela. Em outros momentos, o personagem filmado não é o que está falando, ou seja, Woody foca na reação de quem está ouvindo a conversa.
Manhattan é um filme divertido, leve, com final romântico, porém sem ser água-com-açucar. No geral, faz o espectador pensar sobre suas relações e refletir em como a vida dá voltas e as coisas que parecem estar tranqüilas, podem mudar de uma hora pra outra. A instabilidade e imprevisibilidade dos relacionamentos humanos é a peça chave do filme, que é, sem dúvida, um dos grandes clássicos da carreira de Woody Allen.

quarta-feira, 9 de março de 2011

(500) Dias com Ela / (500) Days of Summer



O filme me fez lembrar de algumas outras pérolas, jóias raras do cinema – O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Todas as Mulheres do Mundo, Simplesmente Amor/Love Actually, Apenas Uma Vez/Once. Tem o frescor, a alegria dos dois últimos, e a criatividade, a imaginação, a inteligência das brincadeiras formais dos dois primeiros. Lembra ainda umas cenas de dança e música de Todos Dizem Eu Te Amo e umas brincadeiras de Poderosa Afrodite, de Woody Allen.
É, na minha opinião, um das melhores comédias românticas de todos os tempos. É daqueles poucos, raros, maravilhosos, que deixam a gente levitando alguns centímetros acima do chão quando infelizmente terminam – infelizmente, porque a gente fica torcendo para que não termine nunca. Daqueles que fazem a gente achar que valeu o dia, valeu a semana, simplesmente por ter visto uma beleza de filme.
A criatividade começa antes da ação: de cara, há um letreiro com o seguinte “Aviso do Autor”: “O que vem a seguir é um trabalho de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.”
Rápida pausa. E aí acrescenta-se: “Especialmente você, Jenny Beckman”.
Nova rápida pausa. E aí acrescenta-se: “Puta”.




É bastante natural que a gente às vezes se decepcione um pouco com um filme que foi muito badalado, muito bem falado demais. Não costumo ler muito sobre filmes que ainda não vi, mas naturalmente vejo os títulos das matérias e das críticas nos jornais, nas revistas, na internet – e só vi elogios a (500) Dias com Ela. E então o risco de decepção existia, claro. E quem eventualmente ler este comentário aqui antes de ver o filme talvez se exponha ao mesmo perigo – de, na hora de ver, pensar: pô, legal, mas também não é aquilo tudo que andaram falando.
No meu caso específico com este filme, o risco de decepção foi embora com esse texto apresentado em letreiro antes mesmo do começo da ação. Com uma abertura dessa, com esse brilho, com essa inteligência faiscante, é claro que não haveria risco de decepção.
O garoto, Tom Hansen de Margate, New Jersey, cresceu acreditando que nunca seria verdadeiramente feliz até o dia em que encontrasse a mulher da sua vida. Essa crença surgiu a partir de uma exposição, quando ainda era muito jovem, à triste música pop britânica e uma leitura completamente mal feita do filme The Graduate. A garota, Summer Finn de Shinnecock, Michigan, não compartilhava dessa crença. A partir da desintegração do casamento de seus pais, ela passou a amar apenas duas coisas. A primeira era seu longo cabelo escuro. O segundo era quão facilmente ela podia cortá-lo sem sentir absolutamente nada.



Para contar a história dos 500 dias com Summer (o título original é um trocadilho óbvio com 500 dias de verão), nos quais Tom vai várias vezes do céu ao inferno, os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber desconstruíram totalmente a cronologia.
A desconstrução faz todo sentido, porque realça os altos e baixos da relação dos dois e torna muito mais divertido, para o espectador, acompanhar a montanha russa de sensações do nosso pobre protagonista profundamente apaixonado à primeira vista por aquele ser que se recusa a ser tida como “a namorada de alguém”.
Numa rápida passagem pela internet à procura das fotos para ilustrar o post, vi que, ao contrário do que eu achava, há muita gente que, em comentários muito sérios, sisudos, fazem duras críticas ao filme. Claro, todo mundo tem direito à sua opinião. Vi também que alguém diz que o filme pode ser tido assim como uma espécie de cruzamento de Alta Fidelidade com Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças com Annie Hall. De fato, tem um pouco de Brilho Eterno, na inventividade, na criatividade da narrativa. De Alta Fidelidade, tem as citações todas a música e a cinema, mais o clima de jovens espertos e bem informados sobre os assuntos mais próximos a eles. E de fato tem pitadas de Woody Allen, conforme eu já havia dito lá em cima. E tem, sim, pitadas de Annie Hall e de Manhattan: é um filme feito por gente que tem profundo amor à cidade de Los Angeles. Los Angeles já foi mostrada 200 mil vezes no cinema – em geral como uma cidade enlouquecedora, louca, dura, difícil. (500) Dias com Ela mostra uma Los Angeles linda, acolhedora – “uma cidade se transforma num mundo, quando a gente ama um de seus habitantes”, escreveu Lawrence Durell. De fato, o jovem Marc Webb fez com aquela metrópole doida o que o jovem Woody Allen fazia com Nova York.


terça-feira, 8 de março de 2011

"A bit of shit for change your mood "







"The King of Limbs"


Como sempre, ouvir um disco do Radiohead continua sendo uma experiência sonora complexa. O novo álbum não foge disso. A audição de "The King of Limbs" é difícil, com faixas sem refrão e com estruturas diferentes daquilo que estamos acostumados. Talvez o charme de um trabalho do Radiohead esteja nisso mesmo, mas o fato é que não dá para entender "The King of Limbs" de saída. É um disco viajante, que leva o ouvinte para outra dimensão. Não é pop, não é rock, não é eletrônica, não é jazz, não é ambient, não é blues. É Radiohead, e tudo o que isso significa – tanto para bem, quanto para o mal
“Bloom” tem um início esquisito, mas aos poucos o ar inóspito vai ficando para trás, revelando uma composição climática e perfeita para a abertura do álbum – e, muito provavelmente, também dos shows. “Morning Mr Magpie” é um loop hipnótico com boas linhas vocais, uma canção simpática que busca levar o ouvinte ao transe, mas precisa, indiscutivelmente, de sua cumplicidade para tal feito.





“Lotus Flower”, o primeiro single, é a faixa mais audível de "The King of Limbs". Agrada de imediato, muito pela sua estrutura mais tradicional, ao contrário das outras, que vêm carregadas com a onipresente inovação e inquietação criativa do grupo. Linhas vocais grudentas de Thom Yorke sob uma base eletrônica resultam em um som agradável e reconfortante. Grande canção!

Um piano soturno inicia “Codex”, balada triste e climática. “Give Up the Ghost” é outra com sonoridade acústica, mas acaba passando a sensação de, literalmente, nunca acontecer para o ouvinte. O encerramento com “Separator” é outro bom momento de The King of Limbs, onde, mais uma vez, o uso de estruturas mais tradicionais torna a assimilação das ideias do grupo mais fácil para quem está do outro lado, tentando curtir o disco.

Dizem por aí que a versão disponibilizada pela banda para "The King of Limbs" seria, na verdade, apenas uma prévia do álbum, e que ele só estaria completo na versão dupla em LP que chegará às lojas em breve.


Download





Faixas:

1 Bloom 5:14
2 Morning Mr Magpie 4:40
3 Little by Little 4:27
4 Feral 3:12
5 Lotus Flower 5:00
6 Codex 4:46
7 Give Up the Ghost 4:50
8 Separator 5:20


domingo, 6 de março de 2011

"127 Horas"



O diretor Danny Boyle("quem quer ser um milionario" ,"Trainspotting"),consegue com sua camêra rápida, sentimental, louca e totalmente inventiva contar uma história dramática de alguém que aparentemente, ama a vida, e iria a extremos para não perdê-la. Não caia na armadilha de achar que e por ser um filme onde um cara fica preso em uma fenda de rochas, ele será maçante e arrastado. Além de todos os quesitos já expostos aqui, Danny salva o longa por fazer um trabalho exato, me referindo ao tempo. Talvez outro diretor colocaria 30 minutos a mais, fato que quebraria a hábil narrativa.
São várias as virtudes de 127 Horas. Tecnicamente, um filme possui uma montagem precisa. A trilha sonora de A.R. Rahman é tão alternativa quanto a personalidade do protagonista. A fotografia é bela em enquadramentos maiores, eficiente quando focada apenas em Franco, capturando o cenário de sua batalha para continuar vivo. O roteiro de Boyle e Simon Beaufoy surpreende, apesar de grande parte do filme não conter diálogos.






Artisticamente, 127 Horas é imperdível. A direção de Bolye se preocupa em introduzir o estilo aventureiro de Ralston logo no coméco da trama, mostrando como o alpinista gosta de adrenalina e diversão. Assim que Ralston cai em um cânion isolado e fica com o braço preso e esmagado por uma rocha, Boyle intercala o cenário do drama com a mente em destruição do protagonista, que ao passar das horas começa a lembrar de fatos marcantes de sua infância, revelando um certo egoísmo no seu estilo de vida que o afastou de seus pais e da ex-namorada. Quando Ralston decide gravar seus pensamentos com a filmadora portátil, os olhos de James Franco entregam todo o sentimento do aventureiro, em uma performance incrivelmente autêntica e hipnotizante. Franco não exagera na atuação, nos fazendo acreditar que aquela pedra era consequência de uma escolha de vida de Ralston, demonstrada em uma forte e emocionante cena, onde sua ex-namorada, logo após o término do relacionamento, fala para Aron que ele ficará sozinho para o resto da vida. E quando assistimos ao filme, percebemos que talvez este realmente seria o destino do alpinista.
Até então um ator pouco reconhecido, James Franco leva o filme nas costas com uma atuação que lhe rendeu uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Ator. Ele ajuda a enaltecer o realismo da história e consegue mostrar de forma incrível as diversas emoções que o seu personagem vive durante as agonizantes 127 horas.




O filme não tenta transformar Ralston em um grande herói e sim um homem comum que tomou uma série de atitudes erradas, afinal ir para uma aventura no deserto sem avisar ninguém e sem celular, não é uma atitude elogiável e inteligente. Ele só toma a decisão que mudou sua vida quando estava prestes a morrer e finalmente percebeu o quanto sentiria falta de tudo aquilo que antes desta tragédia não tinha tanto valor. Apesar da grande repercussão e polêmica, a cena da amputação não é tão forte e choca mais pelo seu realismo.

Boyle mais uma vez esbanja estilo e técnica para contar uma história de superação de uma maneira diferente e deixando de lado alguns clichês do gênero, uma aula de cinema